É
inquietante saber que nosso planeta está passando por tamanho descaso, e mais
ainda é saber que os causadores desses efeitos somos nós, com nossas ações
antrópicas, destruindo um bem comum e tão precioso que são os recursos naturais.
A
partir de uma fotografia da terra tirada em 1968 durante a missão Apolo Al Gore
faz relatos surpreendentes à respeito de mudanças ocorridas no nosso planeta e
que por ventura possam ocorrer futuramente, dando ênfase a vulnerabilidade da
camada atmosférica que é submetida a radiação solar, sendo que a maior parte é
absorvida e aquece a terra e a outra se radia e volta a atmosfera em forma de
radiação infravermelha, outra parte é
aprisionada e fica retida dentro da atmosfera o que mantém a temperatura da
terra dentro dos limites, o problema que nos deixa alarmados é que esta fina
camada da atmosfera está ficando cada vez mais espessa devido a toda a poluição
que está sendo acumulada, fazendo com que seja
retido mais calor e consequentemente provocando o aquecimento global.
Desde aluno Al Gore passou a se interessar pelo assunto, instigado por um
professor chamado Roger Revelle que foi a primeira pessoa a se propor em medir
o dióxido de carbono CO2 na atmosfera terrestre e a partir de 1957
juntamente com Charles David Keeling começaram a lançar balões meteorológicos
no pacífico central, a escolha do local foi pelo fato de ser desabitado. Tendo observado
a partir de dados coletados a relação das mudanças de acordo com o aumento dos
níveis de dióxido, e se observarmos as massas terrestres do planeta existem
menos vegetação ao sul do equador e a maior parte fica ao norte do equador,
quando o hemisfério norte está inclinado para o sol na primavera e verão as
folhas surgem e respiram o dióxido e a quantidade na atmosfera desce, quando o
hemisfério norte está no sentido inverso do sol, ou seja no outono e inverno as
folhas caem e exalam dióxido de carbono e a quantidade volta a subir na
atmosfera como se a terra inspirasse e expirasse uma vez por ano. O mesmo faz
várias analogias com diferentes paisagens e suas variações no decorrer de anos
e as correlações com o aumentos das emissões de CO2 e os danos que
tais mudanças tem provocados, no Himalaia há um problema em particular, pois
40% das pessoas do mundo obtém água para seu consumo dos rios e sistemas de
nascentes, nos próximos 50 anos estes 40% de pessoas vão enfrentar um problema
sério de escassez devido ao degelo, mas ele nos relata que até mesmo o dióxido
de carbono tem sua história para nos contar Lonnie Thompson faz perfurações no
gelo e traz amostras sendo posteriormente estudadas, pois quando a neve caí
captura pequenas bolhas da atmosfera sendo possível analisar a quantidade de CO2
a cada ano medindo os diferentes isótopos de oxigênio conseguindo um
termômetro muito preciso que diz a temperatura que estava no ano em que a neve
caiu o que complementou ainda mais a tese de quanto maior a quantidade de
dióxido maior é a temperatura, porque a captura de calor é maior no seu
interior. A partir daí foi-se constatado que os 10 anos mais quentes da
história foram nos últimos 14 anos sendo que 2005 foi o mais quente até então e
que essas mudanças não foram fatos isolados, tendo em vista que em várias partes do mundo ocorreram vários tipos
de cataclismos. Sendo notável e a relação com as bruscas mudanças de
temperatura, acontecendo chuvas de 940 mm em 24h em quanto a seca assolavam
províncias vizinhas.
No
polo norte foi feito um estudo abrangente desde 1957 das calotas de gelo que
nos revela dados alarmantes principalmente a partir de 1970 onde a cada ano vem
diminuindo em extensão e espessura, diminuindo 40% em 40 anos. Estudos revelam
ainda que em 50 ou 70 anos tais calotas desapareceram completamente, sabendo
que as mesmas servem para refletir os raios solares em torno de 90 % como se
fosse um espelho, além de ser o habitat de vários animais. Mas quando atinge o
mar aberto 90% destes raios são absorvido, acelerando ainda mais o processo de
degelo, atualmente estudos apontam que os ursos polares estão nadando em torno
de 100 Km para conseguirem encontrar
local com gelo, acontecendo caso de
afogamentos fato que nunca antes tinha sido evidenciado, além de afetar drasticamente o clima de todo o
planeta, sendo dado destaque para a possível nova idade do gelo que pode
acontecer em 10 anos por conta de várias mudanças, sendo que a ultima aconteceu
na Europa por volta de 900 a 1000 anos atrás. Na Antarctida o problema também é
grave o degelo acontece formando imensos lagos e suas bordas podem chegar até
200m de altura e caso continue a
derreter tanto a Groelândia e a
antarctida da maneira em que ocorrendo haverá inúmeras catástrofes em vários
países, causando desastres nunca antes vistos, deixando milhões de pessoas
desabrigadas em todo o mundo. Estas mudanças afetam todo o ecossistema e seus
nichos ecológicos, doenças que outrora eram tidas como extintas ou controladas,
retornaram com mecanismos mais agressivos e veem causando inúmeros danos de
saúde em todo o mundo.
Tendo em vista que 30% do CO2 liberado
na atmosfera provém dos incêndios florestais além da utilização de combustíveis
fósseis de forma indiscriminada e irresponsável aumenta a poluição e agrava
ainda muito mais a situação. Isso está acontecendo graças a 3 fatores
agravantes: o aumento populacional, a questão política e os avanços tecnológicos.
O crescente aumento da população principalmente nos países pobres vem
alavancando a produção e consumo de alimentos e água além de acelerar a
destruição dos recursos naturais Por.
A questão
política está intrinsicamente ligada a falta de interesse pela preservação,
afim de manter um padrão econômico e de consumo,
que a cada dia que passa se enfada e levará a ruína. Questão dos avanços
tecnológicos trouxeram tremendos benefícios, mas velhos hábitos com velhas
tecnologias trazem consequências previstas, já tecnologias novas trazem
consequências nunca vistas, por isso deve haver um aumento de nossa
responsabilidade também, para poder lhe dá melhor e de forma benéfica com o
advento dessas tecnologias.
Seguindo um mapa que mostra a relação de
contribuição para o aquecimento global mostra que USA corresponde com 30,3%
mais do que América do sul, África, Oriente médio, Ásia juntos, o que nos leva
também a crê que número de emissão por pessoas é muito maior, sabendo que no
mundo existem locais muito mais populosos onde a poluição é desprezível se
comparada com a USA, mais isso se dá devido ao modelo de produção norte
americana onde o exorbitante é tido como normal e o consumismo é de forma vil e
inerente ligadas a eles.
Mas
há uma longínqua esperança, basta mudarmos primeiro a nós mesmos e em seguida o
nosso redor, aí sim podemos adiar ou quem sabe reverter este quadro alarmante.
Por Charle Costa