segunda-feira, 2 de abril de 2018



Dissertação do texto A lingüística e Língua de Sinais Brasileira





A lingüística é o estudo cientifico das línguas naturais e humanas. Sem o desenvolvimento da lingüística não seria possível a integração da vida em sociedade, pois seria impossível acontecer comunicação.
As línguas naturais podem ser entendidas como arbitrarias e/ou como algo que nasce com o homem. Esses são pensamentos filosóficos de Platão e Aristóteles. Este último era naturalista quanto às palavras, pois consideravam que as coisas eram infinitas e as palavras eram finitamente determinadas pelos seres humanos. Característica da lingüística estruturalista (Saussure, 1916). Ciência que trata a língua como a essência da linguagem.
Já Platão era naturalista quanto às palavras, assumindo que a linguagem nasce com o homem. Característica da lingüística gerativa (Chomsky, 1957). Estudos dos princípios que regem a linguagem.
Ambos os filósofos com suas idéias foram responsáveis pelo desenvolvimento de conceito que contribuíram para o aprofundamento de estudos da lingüística estruturalista e gerativa.
A lingüística pode ser definida como o estudo científico da língua natural humana, porém vários autores deram suas contribuições com definições relacionadas a tal questão.
Saussure (1995, p. 17) coloca que “língua não se confunde com linguagem: é somente uma parte determinada, essencial dela, indutivamente. É ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagens e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”. Bloch e Trager (1942, p. 5) afirmam que “uma língua é um sistema de símbolos vocais arbitrários por meio do qual um grupo social co-opera”. Para Hall (1968, p. 158) a língua(gem) é “a instituição pela qual os humanos se comunicam e interagem uns com os outros por meio de símbolos arbitrários orais-auditivos habitualmente utilizados”. Bloch e Trager (1942) e Hall (1968) aplicam a definição de língua somente às línguas orais-auditivas. Robins (1979ª, p. 9-14) ressalta que as línguas são “sistemas se símbolos (...) quase totalmente baseados em convenções puras ou arbitrárias”, enfatizando, contudo sua flexibilidade adaptabilidade. Chomsky (1986), o conceito de língua pode ser analisado considerando-se duas perspectivas: a língua externa e a língua interna. 
Diante dos conceitos que formam a estrutura da lingüística, percebe-se que a língua brasileira de sinais é uma língua natural, pois, uma língua natural é uma realização especifica da faculdade de linguagem que se dicotomiza num sistema abstrato de regras finitas, as quais permitem a produção de um número ilimitado de frases, vindo a gerar a comunicação entre os seus usuários.
As línguas de sinais são consideradas línguas naturais e, conseqüentemente, compartilham uma série de característica que lhes atribui caráter especifico e as distingue dos demais sistemas de comunicação, portanto, um sistema lingüístico legitimo e não um problema do surdo ou como uma patologia da linguagem.
Portanto, podemos analisar variadas concepções, que mostram conceitos abstratos sobre as línguas de sinais são eles:
A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos. No entanto, podemos ver que as línguas de sinais expressam variados conceitos abstratos.
Haveria uma falha na organização gramática da língua de sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais. As línguas de sinais são independentes das línguas faladas nos países que são produzidas.
A língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com conteúdos restritos, sendo estética, expressiva e lingüisticamente inferior ao sistema de comunicação oral. Não há limites práticos para a ordem, tipo ou qualidade de uma conversação em sinais, exceto aqueles impostos pela memória, experiência conhecimento do mundo e inteligência. Em relação a isso as línguas de sinais não são diferentes das línguas orais.
  As línguas de sinais derivam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes.
As línguas de sinais, por serem organizadas especialmente, estariam representadas no hemisfério direito do cérebro, uma vez que esse hemisfério é responsável pelo processamento de informação espacial, enquanto que o esquerdo, pela linguagem. Essas são as concepções inadequadas em relação a esta modalidade de língua. Todos esses conceitos abstratos mostram os critérios de uma língua genuína e complexa que a língua de sinais.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira de Sinais: Estudos Lingüísticos. Porto Alegre. Artmed 2004.


Por Charle Costa 

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